quarta-feira, 13 de agosto de 2008

No coletivo não há coletivo

Constatada a morte da mãe-educação, cuja "causa mortis" é o descaso de autoridades e sociedade, percebemos que três de seus filhos - a solidariedade, o respeito e a cidadania - perambulam à pé pelas ruas, rotos e maltrapilhos, totalmente esquecidos. Diz o aviso: "Assento reservado...", mas os únicos passageiros que costumam freqüentar este assento são o egoísmo, a ignorância e a preguiça. Nos coletivos, esqueceu-se o coletivo. Só há o eu e o agora. São centenas de umbigos ensimesmados, atropelando-se, xingando-se, matando-se pouco a pouco. A morte da mãe-educação transformou-nos em bichos que falam. Só isso.


Texto publicado originalmente na mostra "Coletivo: Kaos", de Fábio Reoli, http://maternidadedotexto.zip.net/

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom esse texto!

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