quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aí vai o meu cestão de Natal para vocês

Nesta época de muitos jingle bells, além de muitas ladainhas e tradições repetidas quase à exaustão, aproveito o ensejo para enviar a todos os incautos, que ainda se arriscam por estas paragens, os meus mais sinceros votos de muita e plena saúde por toda a vida. É claro que estendo os votos aos vossos amigos, parentes, enfim, a todos aqueles que vocês conheçam e considerem.
Acho que saúde é o maior e mais precioso bem que podemos desejar sinceramente a alguém, pois é o pressuposto básico para que busquemos e consigamos atingir todas as nossas metas pessoais. Muito embora sejamos bombardeados por infinitas necessidades criadas para nós a todo o momento, e muitos achem que não podem viver sem tais novidades, sejam lá quais forem, isso é pura ilusão. Nada na vida é importante sem saúde. Como dizia o bordão, saúde é o que interessa... o resto não tem pressa!
Acho também muito importante lembrar e celebrar o grande aniversariante do dia 25 de Dezembro. Na minha concepção, talvez o maior, melhor e mais completo ser humano que já passou por este planeta. Isso sem a menor demagogia religiosa, pois não sou adepto fervoroso de nenhuma religião, apenas valorizo Jesus Cristo como o homem que mais ensinamentos deixou neste mundo e o que mais fez por todos nós. ELE sim, completamente digno de ser seguido, e de ter as suas ações e palavras levadas por todos aos quatro cantos do mundo.
Por outro lado, infelizmente, tenho certeza de que, neste período natalino, considerável parcela da população brasileira estará muito longe de amigos secretos, lembranças, presentes, árvores de Natal e festas de confraternização. Receberão apenas e tão somente um singelo cestão de final de ano... cestão fudidos!
Se pararmos para pensar, são essas pessoas que precisam sim de bens materiais neste final de ano. Não nós, pessoas com acesso à Internet e a toda essa tecnologia. Nós já temos tudo o que precisamos para uma vida digna, e em muitos casos, até mais do que merecemos. Seria muito interessante que todos nós passássemos a pensar e a agir para minimizar as enormes diferenças sociais existentes no Brasil. Mas isso durante todos os meses, e não só no período de festas.
Feliz Natal e excelente 2010 para todos, mas todos mesmo! São meus sinceros votos!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Programa Hipocrisia Zero

Um dos meus lemas neste blog é a busca incessante e insana pela hipocrisia zero. No entanto, muitos podem não compreender exatamente o que este doidivanas que vos fala pretende com esse inalcançável objetivo. Uma vez que é sabidamente inalcançável, para que se desgastar com essa luta inglória?

Vou procurar esclarecer. É claro que, adulto e vivido que sou, sei que jamais iremos deixar de conviver com a hipocrisia neste mundo em que por hora habitamos.

Sei que muitos vão dizer que a hipocrisia é inerente ao ser humano. Que faz parte da vida moderna. Que sem uma boa dose de hipocrisia não se vive, etc. etc.

Apesar de saber e vivenciar tudo isso, sou um cara chato, que, paradoxalmente, na medida em que foi envelhecendo, foi ficando com a tolerância cada vez mais baixa para a mentira e a desfaçatez humana.

Por tudo isso, acredito fortemente que temos condições, sim, de reduzir as emissões de hipocrisia no nosso meio ambiente.

Eu nem falo de política, meio em que a hipocrisia nada de braçada e já começa a se estabelecer (pasmem!) como o padrão de conduta aceitável e esperado de todos os políticos.

É lamentável chegarmos à conclusão de que elegemos os políticos para que - no mínimo e na melhor das hipóteses – venham a enganar e iludir todo o seu eleitorado.

No dia a dia, temos visto, presenciado e sofrido muito com as doses cavalares de hipocrisia que andam por aí. O puxa-saquismo desenfreado. A ultra-valorização das pessoas, empresas e instituições que detêm o poder econômico e político nos seus respectivos campos de atuação. A bajulação desmedida daqueles que supostamente - nesse nosso mundo tão equivocado – valem ou representam mais que os outros.

Não vejo, sinceramente, nenhum sentido em colocarmos seres humanos em patamares diferentes de importância, por mais que isso seja a moeda corrente que nos impinjam hoje em dia. Nada, no meu entender, justifica que uma pessoa seja tratada ou tenha mais privilégios do que outra.

Luto, isto sim, para que todos, absolutamente todos, sejam tratados com respeito e civilidade, independentemente da posição que estejam ocupando em nossa sociedade.

Entendo que a verdade, a sinceridade e o respeito mútuo devam pautar toda e qualquer relação em que estejamos envolvidos, seja ela sentimental, profissional, familiar, comercial e, claro, por último, mas não menos importante, no exercício da nossa cada vez mais combalida cidadania.

Apesar de ingênua, e admito isso, a minha luta também é para que tenhamos cada vez mais relações e contatos em que a mentira, a desfaçatez e a falsidade deixem de pairar, onipresentes. Que tenhamos o direito de não gostarmos e de não termos afeição por determinadas pessoas, mas que isso possa ser colocado e vivido, sem maiores traumas, e que apesar das antipatias e reservas, mantenhamos relacionamentos justos e imparciais com elas.

Acho lindas as manifestações de carinho e apreço pelos amigos de verdade. Porém, considero que as homenagens devam ser sempre verdadeiras e sinceras. Jamais vocês me verão elogiando ou enaltecendo pessoas a quem não julgo verdadeiramente merecedoras de tais honras. Os meus grandes amigos e ídolos trato com carinho, respeito, justiça, amor e amizade. Os meus colegas e pessoas menos queridas, trato com respeito e justiça. Simples assim.

Tenho certeza de que todos viveremos infinitamente melhor num mundo menos hipócrita e mais sincero. Precisamos resgatar as crianças que temos dentro de nós. Elas são mestras na arte de viver com verdade e sem hipocrisia.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quero dar panetones para todos!

Não sei porque, mas nesse final de ano fiquei com o espírito solidário mais aflorado e resolvi que vou arrecadar todos os fundos que conseguir para gastar tudo em panetones e sair distribuindo para todos os milhões de carentes do Brasil!
Como sou muito tímido e reservado, não vou querer alardear as minhas intenções para ninguém! Vou embolsar tudo o que puder em nome de uma causa nobre e digna: repartir o santo panetone de final de ano.

Confidenciei a um grande amigo as minhas ideias solidárias e ele prontamente tentou me demover delas. "Podem interpretar mal". Afirmou ele. "Além disso", perguntou, "já imaginou se algum espírito de porco resolve gravar ou filmar as entregas de dinheiro dos colaboradores? Como você vai se explicar? No mundo-cão em que vivemos, a última coisa que as pessoas vão achar é que você está arrecadando fundos à sorrelfa para ajudar os mais necessitados! Pense bem. Você vai auferir boladas em dinheiro vivo. Como vai disfarçar esse dinheiro? Vai guardar na cueca, nas meias, aonde mais, criatura?"

Diante das questões pertinentes do meu amigo, refreei um pouco o meu espírito natalino. É verdade. Se alguém mal-intencionado, algum desafeto, perceber a minha movimentação suspeita durante a arrecadação, pode fazer falsas ilações e tentar registrar o suposto caixa 2 para posteriormente me comprometer com as autoridades e com a imprensa.

Como é difícil ser solidário no Brasil. A gente quer ajudar, mas as pessoas são muito maldosas. Veem más intenções em tudo e em todos. Mas, puxa vida, quantos panetones eu conseguria distribuir se obtivesse doações da ordem de R$ 500 mil, 1 milhão? Seria panetone pra dedéu! Muita gente humilde talvez ficasse até com indigestão de tanto panetone. Ah, e se sobrasse algum, acho que os irmãos da igreja não se incomodariam se eu também fizesse uma linda ceia para o povo, quer dizer, o povo lá de casa, que ninguém é de ferro, né?

Além do mais, em último caso, se registrarem qualquer movimento meu que os outros possam achar suspeito, tenho ainda a possibilidade de alegar que o gravador ou que a filmadora estão apresentando os registros truncados e que aquilo não é exatamente o que parece ser. Pra tudo tem um jeito na vida, menos pra morte.

Quer saber? Ninguém me segura! Vou arrecadar bufunfa dos empresários até dizer chega! Vou abarrotar todo o meu terno, minhas meias, minhas cuecas e o escambau! Este ano estou solidário demais! Quero me arrebentar de distribuir panetones aos pobres! A solidariedade franca e desinteressada não pode ser cerceada por temores mesquinhos. A esperança precisa vencer o medo. Fui!

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