quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A dura vida de um Zé Mané

Resolvi fazer a defesa da minha classe de homem. O Zé Mané sem condição, aquele que via de regra leva a pior. Muito sensível e respeitador, o Zé Mané invariavelmente se dá muito mal com o sexo frágil, normalmente serve apenas para ombro amigo, para humildemente ouvir a amada dizer que foi desprezada pelo Zé Gostosão (O extremo oposto do Zé Mané).
Devo deixar muito claro que os Zé Manés autênticos não têm nada de boiola, muito pelo contrário, costumam ser fissurados pelas mulheres, só não levam jeito com elas, mas as adoram de paixão. E haja bronhas e bronhas dedicadas às musas adoradas e inalcançáveis.
De qualquer forma, os Zé Manés são figuras folclóricas a adoradas, levando-se em conta que são dignos representantes dos cidadãos que tomam porradas na vida, mas, ao invés de desistirem ou mudarem, continuam mantendo sempre, vida afora, as suas doces características de destrambelhamento.
Existem muitos sinônimos para o Zé Mané: Trouxa, otário, Zé Ruela, etc, mas o que vale é o coração do dito cujo, que é igual ao de mãe, sempre aberto para mais gente.
Zé Manés são pessoas simples, que não fazem mal a uma mosca. Se não podem ajudar, também não atrapalham. Geralmente são discretos, tímidos, ou seja, jamais se fazem notar. Talvez por isso, sejam na maioria das vezes ignorados pelas mulheres mais interessantes, sempre dispostas a pagar para ver e a penar nas mãos grotescas dos Zé Gostosões de plantão, aqueles que não têm nenhuma compaixão e fazem como o carcará: Pegam, matam e comem.

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