quarta-feira, 24 de março de 2010

Reumanize-se

Depois de andar meio cansado, principalmente das "pessoas de alma bem pequena, remoendo pequenos problemas", estou de volta em doses homeopáticas. Agradeço demais aos amigos que deram força para que eu pudesse retomar a caminhada.

Tem horas que a gente se cansa mesmo de "tanta babaquice, de tanta caretice e dessa eterna falta do que falar", mas, "vamos pedir piedade, senhor piedade, pra essa gente careta e covarde. Deus lhes dê grandeza e um pouco de coragem".
Não sei porque, mas hoje acordei tendo o Cazuza como porta-voz. É óbvio que é porque ele sempre falou aquilo que muitos queriam falar, mas nunca tiveram coragem. Inclusive eu.

Mas, tenho certeza, se Cazuza estivesse vivo hoje, estaria certamente ainda mais revoltado com os rumos que tem tomado a nossa querida humanidade. Ele sempre foi muito contrário à hipocrisia e à falta de autenticidade no ser humano e, atualmente, isso é o que mais presenciamos no nosso cotidiano. Está certo que o ser humano sempre destilou suas doses de veneno, bem como agiu, muitas vezes, de maneira canalha e egoísta, mas, agora, isso tem sido muito recorrente, quase regra.

Enganar, trapacear, enrolar e mentir para se dar bem em cima dos outros têm sido práticas corriqueiras (e tidas por muitos como válidas!) em nossa sociedade de ultra-consumo.

Estamos modernos demais em alguns aspectos de nossa vidas, mas estamos regredindo aos períodos pré-históricos em outros. Temos colocado muitas coisas e interesses acima do próprio ser humano. E acho isso lamentável. Reumanizemo-nos urgentemente!
Precisamos passar a ter novamente (se é que já o tivemos) o ser humano como ponto central em todas as esferas de nossas vidas.

9 comentários:

Anônimo disse...

Altavolt pra presidente!

Anônimo disse...

Porra, gostei do Marcão ali do lado. Até porque eu sou corinthiana!

(tá, eu simpatizo com o Conrithians, mesmo não suportando futebol)

Luna Sanchez disse...

Ô, Alta, que saudades de ti! Espero que esteja bem, eu andava preocupada com o sumiço. ¬¬

Compartilho da admiração pelo Cazuza, ele era um artista completo, talento sendo exalado por cada poro. No entanto, sempre tem quem goste de cultivar uma visão estreita, né? Veja isso, por exemplo, se não é totalmente descabido :

http://ivantadeu.blogspot.com/2009/11/psicologa-x-cazuza.html

oO

Beijos, querido.

ℓυηα

Eraldo Paulino disse...

Olá, meu caro.

Partilho de seu pensamento a respeito das relações superficiais que se costuma fazer "por aqui". Por isso também que, assim como Luna e muitos, senti falta de tuas postagens, sempre serenas e pertinentes.

Abraços!

Altavolt disse...

ID: Corinthiana? Realmente, ninguém é perfeito! rsrsrs Bj.

Luna: Acho que alguns comportamentos do Cazuza até podem ser questionáveis. Porém, a verdade e a sinceridade das suas letras, jamais! Bj.

Eraldo: Valeu pela força. Preciso voltar a fazer visitas aos blogs dos amigos como vc! Abç.

M.M. disse...

Alta,
Cazuza foi uma escolha providencial!
Concordo que precisamos dar mais valor ao outro, ao contato, a pequenas gentilezas...

Estava com saudades de ti e de seus textos... que sempre nos fazem refletir!

Espero que esteja bem. Fico feliz que esteja voltando, aos poucos!

Um beijo

http://meninamisteriosa.wordpress.com/
http://www.aceuabertodaboca.blogspot.com/

Sweet Toxicant disse...

Oi Alta!
Ufa, finalmente consegui um tempico pra passar por aqui! =D
Como você está?

Ameei o seu post. Sempre admirei o Cazuza, suas letras, sua melodia, sua voz, suas idéias e principalmente sua autenticidade. Acho que muitos dos que o criticam ou criticaram, queriam mesmo ser um pouco como ele, mas ficam se escondendo atrás do preconceito e do medo do julgamento dos outros, e ficam estagnados, infelizes, apontando os defeitos de quem tem muito mais virtudes a admirarmos.

E quanto ao comportamento dos seres humanos... ai, ai. Eu desanimo às vezes. Justamente porque está todo mundo tão ligado em coisas que não agregam nada que eu não me identifico. Já me disseram que eu vou morrer sozinha por ser tão inflexível, mas ah! eu prefiro poucas pessoas com quem eu me identifique do que um monte que falem falem e eu não entenda nem me interesse por nada.

Será que se o Cazuza ainda estivesse vivo, ele conseguiria influenciar mais pessoas e teríamos menos desses parvos por aí? Ele tinha um poder de persuasão danado, hein? heheheh!

Saudades, viu?

Beijosss

Rabbittie Ltda. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rabbittie Ltda. disse...

Final impressionante! E uma noção muito valiosa, justamente pelo fato de descrever de forma única certa situação. Ergo uma circunstancia: existem verdadeiramente diferentes argumentos em defesa do tipo de conduta descrita no texto, e mais gravemente em proteção ao ultra-consumismo. Essas são questões para se sociabilizar atualmente...

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