
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Dia mundial sem hipocrisia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Tv brasileira: Sessenta anos promovendo o sorvetão na testa do povo!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Sobre a imbecilidade e a falsidade humanas
Que a maioria das pessoas representa papéis sociais a maior parte do tempo, qualquer um com apenas dois neurônios pode observar.
É claro que devemos todos ter um mínimo de civilidade e nos comportarmos adequadamente, de acordo com a situação e o ambiente em que nos encontremos. Se não, seria a barbárie.
Contudo, noto que muitas pessoas têm colocado a hipocrisia e a falsidade em patamares estarrecedores. Atingiram um nível em que representam o tempo todo, adotam personas e procuram engabelar a todos aqueles com os quais convivem.
Além disso, ainda me choca, por mais que eu tenha vivido, a capacidade que muitos têm de apenas enrolar e empurrar as coisas com a barriga, não produzindo nada concreto ou palpável, mas vendendo uma imagem de super, hiper, ultra, mega competente e atualizado.
São pessoas que não são, apenas fingem que são. E os seus interlocutores - alguns também da mesma linha de pensamento - fingem concordar com tudo e também adotam posturas tolerantes e "políticas" (No mau sentido da palavra).
Ou seja, passam a viver num mundo de Poliana. Onde tudo parece cor-de-rosa. Um verdadeiro país das maravilhas. Tapam o sol com a peneira. E, acima de tudo, detestam aqueles que falam a verdade e tentam esclarecer os fatos e mostrar as coisas tal como são verdadeiramente. Estes são tidos como chatos, desagradáveis, inoportunos e passíveis de afastamento das hipócritas rodas dos que vivem de bajulações e rapapés improdutivos e infrutíferos.
Sei que muitos pensam que o mundo é assim mesmo e não vai mudar nunca. E, no fundo, até concordo. Mas não consigo deixar de achar profundamente lamentável que a verdade, a clareza de pensamentos e a transparência sejam tidas como coisas idiotas e repugnantes por um número cada vez maior de pessoas.
Será que as pessoas, ou a maioria delas, estão vindo equipadas apenas com o Tico e o Teco? Será que com tantas possibilidades tecnológicas, passaram a achar que não é mais necessário pensar, analisar e achar respostas para os problemas e para todas as questões que nos cercam e afligem ou deveriam afligir? Será que a moda agora é viver em constante e infindável estado de inércia e letargia? Será que o certo é deixar o barco correr e puxar o saco daqueles que porventura estejam numa posição "superior" na hierarquia social? Será que nascemos e vivemos anos apenas para isso? Será que o correto é engolir tudo aquilo que a grande mídia nos empurra goela baixo e aceitar como verdade incontestável e acabada?
Ainda me recuso a aceitar esse estado de coisas. Sinto que cada vez mais a dócil e servil imbecilidade grassa na nossa moderna sociedade. Todos bovinamente seguindo os supostos líderes e vivendo nessa realidade cada vez mais hipócrita e nada producente em termos de reais melhorias e avanços humanos.
Para contrabalançar a aridez e a dureza do post acima, e para poder acreditar que o mundo ainda tem jeito, dou duas dicas culturais:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010
"Vote Tiririca, pior não fica!"
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Gente com "G" maiúsculo


quarta-feira, 21 de julho de 2010
Já vivemos o Big Brother de Orwell

Nesse ritmo, tem sido comum as pessoas ficarem conhecidas nacionalmente, e até universalmente, por ações simplórias, como comparecer a um velório, prestar depoimento em uma delegacia ou se envolver em episódios de violência e crime.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
"Homo Metidus"

quinta-feira, 29 de abril de 2010
Twittando asneiras

quarta-feira, 7 de abril de 2010
Precisa-se de homens-bomba
Enquanto uma parte menor da humanidade perde seu tempo dando valor desmedido ao próprio ego e a muitas coisas absolutamente desimportantes e fúteis, outra parte, essa bem maior, perde seu tempo nas degradantes condições dos transportes coletivos, dos hospitais públicos e das burocráticas e preguiçosas repartições, que deveriam prestar serviços aos cidadãos. Perdem também seu tempo nas vagarosas filas dos bancos, que fazem questão de andar bem lentas e desrespeitosas para aqueles que pouco têm. Aos que muito têm, os bancos reservam atendimentos preferenciais, com nomes pomposos, afrancesados, americanizados. Mas isso é para poucos. Apenas personalidades merecem tratamentos diferenciados e atenciosos. Personalidades com cifras de muitos zeros à direita em suas contas e aplicações. Não, não é necessário que as personalidades a que me refiro sejam pessoas honestas, decentes, corretas. Nada disso, basta às personalidades ter o poderio econômico. Só isso. Caráter, decência, respeito, são coisas que não valem mais nada atualmente. Hoje, não é mais importante ser um homem de bem. Hoje, o que vale é ser um homem de bens. A inércia é imensa. A pasmaceira é enorme. As pessoas sofrem absurdos cotidianos completamente caladas. Não reclamam, não protestam. Não se organizam para reivindicar os direitos mais básicos. Atribuem seus dramas à vontade de Deus. Será que Deus trataria de maneira tão desigual os seus filhos? Estamos chafurdando no caos. Estamos enterrados na lama, como sabiamente já disse Chico Science. Uma das últimas e poucas cabeças pensantes que realmente disse e mostrou a que veio. Pena ter nos deixado tão precocemente. De um lado, esnobismos, ostentações e demonstrações de poder daqueles que só se preocupam com isso na vida. De outro lado, a total falta de traquejo para a vida em sociedade e para o senso de justiça de enorme camada da nossa população. Aceitando todas as desgraças e mazelas como se fizessem parte da normalidade e da paisagem. Aceitando bovinamente que alguns têm e nasceram para ter, enquanto outros nasceram para sofrer e para ser explorados. Como se fosse aceitável admitirmos que existem cidadãos de diferentes classes, de diferentes castas. Que só por um punhado de ouro, alguns possam se sobrepor aos outros, impondo a estes a sua vontade. Precisamos urgentemente de homens-bomba, que venham explodir com essas convenções tão arraigadas, que venham sacudir esse status quo tão viciado, que venham exigir a sua parcela de dignidade e respeito. Precisamos de homens-bomba pensantes, que questionem as unanimidades burras. Que ousem propor outros caminhos. Que ousem perguntar: Por que é que tem que ser necessariamente assim e não de outro jeito? Precisamos de homens-bomba que detonem os preconceitos dos bem-nascidos, arrebentem com a empáfia e a arrogância daqueles que se sentem, por qualquer motivo, mais merecedores de respeito e homenagens que os outros mortais. Precisamos urgentemente de homens-bomba que dinamitem todas as atrocidades cometidas pelos homens contra os próprios homens. Precisamos de homens-bomba que acendam o estopim da arrancada para uma nova forma de viver, mais fraterna, mais solidária, enfim, mais humana.
Obs.: Post inspirado no poema-protesto homônimo, de Sandra Lacerda, que teve a ideia de propor a ação de homens-bomba do bem contra toda a inércia atual da nossa sociedade. Em uma situação prática e cotidiana, numa estação de metrô lotada, ela viveu o desprazer de sentir na pele o descaso com que o povo é tratado. E, pior, constatar que nenhum dos presentes ao menos cogitava em protestar, questionar ou se perguntar por que aquela situação estava acontecendo.
sábado, 27 de março de 2010
Sobre cachorros e gente (O que é politicamente correto?)

quarta-feira, 24 de março de 2010
Reumanize-se

domingo, 7 de fevereiro de 2010
Capital X Cidadania
+186.jpg)
PS: Não conheço o autor desse grafite, mas terei o maior prazer de dar os créditos, caso receba essa informação.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Massification Society

Como miquinhos amestrados, estamos sendo, todos, orquestrados por poderosos grupos econômicos, empresas, meios de comunicações e detentores das mais modernas tecnologias.
Apesar de nos acharmos tão livres, leves e soltos, estamos, isto sim, sendo o tempo todo compelidos a agirmos desta ou daquela maneira, a usarmos esta ou aquela grife, a comprarmos este ou aquele carro, a assistirmos este ou aquele filme, a ouvirmos esta ou aquela música...
Os comportamentos têm cada vez mais sido ditados pela televisão e pela internet. As poderosas redes televisivas dão a pauta de como a sociedade vai se comportar naquele período.
Pensem um pouco sobre o cronograma de vida e atividades que nos impõem durante o ano:
Em janeiro, ao mesmo tempo que falam em férias escolares, dando sugestões de onde ocupar os pimpolhos, falam também sobre IPVA, IPTU e material escolar. Sempre a mesma lenga-lenga.
Depois vem o Carnaval, e só se fala nesse assunto, diuturnamente. Mostram inúmeros carros descendo para o litoral, porque ficou estabelecido, sabe Deus por quem, que Carnaval é para ser curtido na praia. Desfiles, fofocas sobre as rainhas de bateria e suas infantilidades. Quantos mililitros de silicone as musas colocaram. Quanto malharam. Com quem estão namorando. Haja saco. A música então, só samba-enredo de manhã até a noite. Um porrilhão de surdos e cuícas massacrando diretamente os nossos pobres tímpanos.
Após o Carnaval, o assunto passa a ser o início das aulas e o aumento do trânsito já caótico, devido às mamães que insistem em parar em fila dupla na frente dos colégios dos rebentos.
Fala-se também dos trotes aplicados aos calouros nas faculdades e das eventuais atrocidades que essa prática costuma trazer todos os anos.
Abril, mês da Semana Santa. E a mídia já começa a insuflar a população para as viagens ao interior. Assim como o Carnaval tem que ser curtido na praia, a Semana Santa deve ser aproveitada no interior. É outra regra que assola o nosso inconsciente coletivo.
Por que o cara não pode curtir o Carnaval no campo ou na montanha e a Semana Santa na praia? Onde está escrito que essa norma não pode ser subvertida? Eu, particularmente, todas as vezes em que inverti os roteiros pré-programados pela massificação onipresente, me dei extremamente bem, ficando em lugares tranquilos e menos badalados.
E assim passa o ano: Dias das mães, férias de julho, dias dos pais, dias das crianças... e, finalmente, o auge da mesmice e do comportamento clônico: Natal e Ano Novo. Aí é que o caldo entorna de vez. Graças a Deus, passamos por esse período recentemente e vai demorar um pouco para chegar novamente.
Aí sim, a micaiada amestrada se lambuza de tanto fazer a mesma coisa junta e igual, exatamente ao mesmo tempo.
Todo mundo se fodendo junto nos centros de compras, sejam shoppings chiquérrimos e metidos à besta, ou os centros populares de varejo, como a 25 de Março em São Paulo, ou o Sahara no Rio de Janeiro.
A desinteligência coletiva é tanta, que todo o ano, passado o Natal, as lojas ficam às moscas, com liquidações de até 70% de desconto. Mas isso, só alguns poucos pensantes e autênticos conseguem vislumbrar e aproveitar. Para eles, tiro o meu chapéu.
E também, e principalmente, nesse período, a ditadura comportamental assola a todos.
O Natal DEVE ser passado em família, em volta do peru e próximo à árvore de Natal.
O Ano Novo DEVE ser passado na praia, de branco, pulando sete ondinhas e comendo romã. Claro que depois de suportar as 10 horas de tráfego pesado e engarrafamento, para só então poder pisar na areia suja e contaminada.
Não sou contra a alegria, contra as viagens e muito menos contra as deliciosas reuniões familiares. Não sou contra dar presentes a quem amamos ou admiramos. Muito pelo contrário.
Sou contra, isso sim, o fato de sermos impingidos a fazer isso sempre que o patrão mandar.
Não sou contra a música. Por sinal, adoro música. Mas precisa ser a música que eu escolhi para curtir. Não aquela que toca à exaustão nas rádios e na TV.
Curto tudo que há de bom na vida, mas deve ser tudo aquilo que represente algo de bom para mim, para minha família e para a sociedade em geral. Não o que nos empurram goela abaixo durante o ano todo.
Acho que só a educação séria e comprometida das nossas crianças pode fazer com que, no futuro, passemos a ter mais cidadãos pensantes, atuantes e questionadores. Que não engulam, sem avaliar ou cogitar, todo o lixo e todas as regras de comportamento que nos são delicada e discretamente impostas.