Só sei que nada sei

Apesar de já estarmos no fim de janeiro, considero hoje como o início efetivo de 2009 para mim. Estava de férias e retomo todas as atividades nesta segunda-feira brava.

Durante as férias, pensei muito sobre o que escrever no post reinaugural, mas, infelizmente, a inspiração me abandonou por completo por estes dias. Sinto-me frustrado por não abordar especificamente nenhum tema contundente neste momento, uma vez que há tantas mazelas, injustiças e absurdos acontecendo pelo Brasil e pelo mundo. Sintome-me vazio e sem gás nesse retorno, apoderado que fui pelo pensamento socrático que dá nome ao presente: "Só sei que nada sei". Sempre a considerei como uma das maiores - senão a maior - máximas filosóficas, mas jamais imaginei que em dado momento ela pudesse retratar tão fielmente o meu estado de espírito. Devo estar passando por um momento de reciclagem ou coisa que o valha. Vejo alguns amigos blogueiros tão produtivos e inventivos e sinto uma pequena ponta de inveja saudável, mas prefiro ser muito sincero comigo mesmo e com todos aqueles poucos e heróicos amigos que me dão a honra de visitar periodicamente este humilde espaço repleto de ranzinzices, reclamações e esculhambações contra as mesmices e massificações do nosso mundo globalizado. Espero que este desabafo sirva de retomada da verve crítica e irônica que procuro imprimir neste espaço, que me possibilita intensas e acaloradas polêmicas, proporcionadas pela generosidade dos visitantes que aqui comparecem.

Vamos apurar o faro para as questões da cidadania e do respeito ao próximo. Se bem que não há a necessidade de apurar demais, pois as aberrações políticas, sociais e comportamentais, bem como a falta de bom senso e de caráter de alguns, insistem em nos rodear, onde quer que estejamos. Bom ano a todos nós!