Para viver a vida plena e humanamente, existe você, sua alma, seu corpo, seu cérebro e seus sentimentos. Para todas as outras coisas, existe o Sifu Card.
O Sifu Card preenche todas as necessidades que ele mesmo criou para você. O Sifu Card permite que você parcele as aquisições de coisas de que talvez nem precise em até 48 vezes, mas, claro, com juros exorbitantes, que irão deixá-lo endividado por um longo período. Com certeza, por muito mais tempo do que vai durar aquele bem que o Sifu Card está gentilmente financiando para você neste momento.
As ofertas tentadoras para o endividamento e total enforcamento do consumidor chegam pelo correio, pelo telefone, pela Internet e pela televisão. O cidadão está sempre às voltas com ofertas imperdíveis de bancos, créditos consignados, cartões de crédito, telefonia celular, serviços de banda larga e TV a cabo, além dos supercrediários dos magazines, supermercados e lojas de departamentos.
Quando avançam como aves de rapina sobre os parcos rendimentos dos aposentados do INSS, chega a ser um crime, que deveria ser previsto no código penal. Cadeia para esses salafrários que se valem da ingenuidade dos idosos para metê-los em enrascadas financeiras e abocanhar a sua modesta renda.
São tantas e tão bondosas as ofertas, que a maioria das pessoas sucumbe a tantos apelos comerciais. Os bancos vivem mandando presentes de grego para os correntistas. São supercartões, com múltiplas capacidades e facilidades. No entanto, só não deixam claro que aqueles cartões passarão a valer automaticamente caso o incauto “beneficiário” não tome a providência de se manifestar expressamente de que não deseja mais aquela “enorme benesse” em sua já complicada vida financeira, normalmente já repleta de bolas-de-neve de dívidas e juros que só fazem crescer.
Ou seja, os bancos oferecem produtos que só vão onerar ainda mais o cliente, fazendo-o pagar anuidades e taxas, tudo em troca de uma suposta facilidade para obtenção de mais crediários e parcelamentos.
Na verdade, os Sifu Cards e os bancos não estão nem aí para a saúde financeira, nem para atender as verdadeiras necessidades de alguém. Eles querem é que você se enrole todo com eles, para depois fazer acordos de parcelamento de dívidas, que sempre saem muito caros para o usuário usurpado.
Outro capítulo à parte das necessidades criadas pelo mercado são as empresas de telefonia móvel e suas ofertas espetaculares. Às vezes, tenho a impressão, dadas as muitas possibilidades de ganhos propostos por elas aos usuários, que hoje em dia basta adquirir um celular para a sua vida mudar completamente. São bônus intermináveis, minutos livres para falar, números livres, prêmios como carros, casas e até boladas de dinheiro. Ou seja, a aquisição de um celular resolve por completo a vida do comprador.
Empresas como a Morto, a Ai, a Escuro e a Toim oferecem tudo de bom aos seus clientes. São tão boas, que fica realmente difícil escolher entre uma dessas operadoras. Por isso que já existe muita gente com vários celulares, de múltiplas operadoras. Assim não perdem nenhuma das suas generosas promoções.
Eu, particularmente, só sei que os créditos do meu celular acabam num piscar de olhos. Jamais me senti levando algum tipo de vantagem nesse serviço. Devemos sempre desconfiar das esmolas boas demais. Até os santos desconfiam. Além do mais, existe um ditado econômico que afirma que não existe almoço grátis. Alguém sempre paga por ele. E por tantas promoções imperdíveis da telefonia móvel, quem será que paga? Tenho certeza de que não são as próprias operadoras.
As promoções de TV por assinatura e banda larga também são grandes enrascadas na maioria das vezes. A NOT TOMBO é a principal delas. Chamo de NOT porque só sabe dizer não aos nossos pedidos. Depois que assinamos o contrato, é um nabo atrás do outro, ou melhor, um tombo atrás do outro. É por isso que acabo de rescindir o meu contrato com essa empresa.
Estamos vivendo na selva do mercado. Querem nos empurrar de tudo. E de muitas dessas coisas nós nem precisamos.
E para um povo tão despreparado como o brasileiro, fica difícil resistir a todas essas “vantagens” da vida moderna. E haja orçamento estourado no final do mês e uso indiscriminado do limite do cheque especial.
Não é isso, definitivamente, que eu entendo por felicidade. Precisamos urgentemente reciclar as nossas atitudes consumistas e imediatistas. E eu não quero fazer o discurso tão batido ultimamente de salvação do planeta. Para mim, antes do planeta, precisamos salvar os cidadãos dessas “necessidades adquiridas na Sessão da Tarde”, como canta com tanta propriedade a Nação Zumbi.
O Sifu Card preenche todas as necessidades que ele mesmo criou para você. O Sifu Card permite que você parcele as aquisições de coisas de que talvez nem precise em até 48 vezes, mas, claro, com juros exorbitantes, que irão deixá-lo endividado por um longo período. Com certeza, por muito mais tempo do que vai durar aquele bem que o Sifu Card está gentilmente financiando para você neste momento.
As ofertas tentadoras para o endividamento e total enforcamento do consumidor chegam pelo correio, pelo telefone, pela Internet e pela televisão. O cidadão está sempre às voltas com ofertas imperdíveis de bancos, créditos consignados, cartões de crédito, telefonia celular, serviços de banda larga e TV a cabo, além dos supercrediários dos magazines, supermercados e lojas de departamentos.
Quando avançam como aves de rapina sobre os parcos rendimentos dos aposentados do INSS, chega a ser um crime, que deveria ser previsto no código penal. Cadeia para esses salafrários que se valem da ingenuidade dos idosos para metê-los em enrascadas financeiras e abocanhar a sua modesta renda.
São tantas e tão bondosas as ofertas, que a maioria das pessoas sucumbe a tantos apelos comerciais. Os bancos vivem mandando presentes de grego para os correntistas. São supercartões, com múltiplas capacidades e facilidades. No entanto, só não deixam claro que aqueles cartões passarão a valer automaticamente caso o incauto “beneficiário” não tome a providência de se manifestar expressamente de que não deseja mais aquela “enorme benesse” em sua já complicada vida financeira, normalmente já repleta de bolas-de-neve de dívidas e juros que só fazem crescer.
Ou seja, os bancos oferecem produtos que só vão onerar ainda mais o cliente, fazendo-o pagar anuidades e taxas, tudo em troca de uma suposta facilidade para obtenção de mais crediários e parcelamentos.
Na verdade, os Sifu Cards e os bancos não estão nem aí para a saúde financeira, nem para atender as verdadeiras necessidades de alguém. Eles querem é que você se enrole todo com eles, para depois fazer acordos de parcelamento de dívidas, que sempre saem muito caros para o usuário usurpado.
Outro capítulo à parte das necessidades criadas pelo mercado são as empresas de telefonia móvel e suas ofertas espetaculares. Às vezes, tenho a impressão, dadas as muitas possibilidades de ganhos propostos por elas aos usuários, que hoje em dia basta adquirir um celular para a sua vida mudar completamente. São bônus intermináveis, minutos livres para falar, números livres, prêmios como carros, casas e até boladas de dinheiro. Ou seja, a aquisição de um celular resolve por completo a vida do comprador.
Empresas como a Morto, a Ai, a Escuro e a Toim oferecem tudo de bom aos seus clientes. São tão boas, que fica realmente difícil escolher entre uma dessas operadoras. Por isso que já existe muita gente com vários celulares, de múltiplas operadoras. Assim não perdem nenhuma das suas generosas promoções.
Eu, particularmente, só sei que os créditos do meu celular acabam num piscar de olhos. Jamais me senti levando algum tipo de vantagem nesse serviço. Devemos sempre desconfiar das esmolas boas demais. Até os santos desconfiam. Além do mais, existe um ditado econômico que afirma que não existe almoço grátis. Alguém sempre paga por ele. E por tantas promoções imperdíveis da telefonia móvel, quem será que paga? Tenho certeza de que não são as próprias operadoras.
As promoções de TV por assinatura e banda larga também são grandes enrascadas na maioria das vezes. A NOT TOMBO é a principal delas. Chamo de NOT porque só sabe dizer não aos nossos pedidos. Depois que assinamos o contrato, é um nabo atrás do outro, ou melhor, um tombo atrás do outro. É por isso que acabo de rescindir o meu contrato com essa empresa.
Estamos vivendo na selva do mercado. Querem nos empurrar de tudo. E de muitas dessas coisas nós nem precisamos.
E para um povo tão despreparado como o brasileiro, fica difícil resistir a todas essas “vantagens” da vida moderna. E haja orçamento estourado no final do mês e uso indiscriminado do limite do cheque especial.
Não é isso, definitivamente, que eu entendo por felicidade. Precisamos urgentemente reciclar as nossas atitudes consumistas e imediatistas. E eu não quero fazer o discurso tão batido ultimamente de salvação do planeta. Para mim, antes do planeta, precisamos salvar os cidadãos dessas “necessidades adquiridas na Sessão da Tarde”, como canta com tanta propriedade a Nação Zumbi.
Para vocês que conhecem pessoas endividadas, atoladas até o pescoço, e sem forças para sair dessa ciranda financeira destrutiva, dou a dica para que procurem os “Devedores Anônimos” em suas cidades. É uma irmandade nos moldes dos “Alcoólicos Anônimos”, que procura dar apoio e orientação para que os consumistas e devedores compulsivos saiam das dívidas e tornem mais saudáveis as suas vidas financeiras.
Todos nós podemos viver felizes sem tantos Sifu Cards. Cartão de crédito e débito deve apenas ser uma ferramenta que nos auxilie em nossas vidas corridas. E bastam poucos. Só precisamos refletir mais sobre isso. E divulgar isso.
PS: Post inspirado, entre outras coisas, pelo belo filme “Antes de Partir”, no qual Jack Nicholson e Morgan Freeman dão um show e nos mostram o que é realmente importante na vida.
Inspirado também na divertida animação “Wall-E”, que assisti com minha filha neste dia das crianças. É um filme que a maioria dos adultos precisa assistir, urgentemente.
11 comentários:
Eitcha, nem me fale em dividas, tou atolada! Rsrsrs. Gostei da dica da procura de Devedores Anônimos, rsrsrs. Só tu mesmo!
Beijinhos querido e amado amigo! =**
Sabe que adorei os nomes das operadoras? Rsrs
Seria ainda mais cômico se não fosse trágico...eu também não vejo vantagem alguma nos tais planos-presentes oferecidos por elas. Só percebo enrolação e serviço de má qualidade.
Ótimo texto, cheio de verdade, como sempre.
* Teu comentário no meu texto sobre as dicas para enlouquecer os homens, me deixou feliz da vida. =)
Beijos mil, moço que eu gosto.
ℓυηα
Marília: apesar da ironia do texto, essa dica é quente e essa irmandade existe mesmo! Beijão!
Luna: Bom que vc gostou desse post. Quanto aos comentários, procuro sempre fazê-los com a maior sinceridade possível. Beijão!
Querido, é verdade, somos diariamente bombardeados com inúmeras 'vantagens' que, no fim das contas, são vantajosas apenas para as empresas que as oferecem.
Nego diariamente as 'ofertas imperdíveis' das operadoras de telemarketing e compro praticamente tudo à vista. Cartão de crédito, só o do Hiper, que não tem anuidade, e conta, só a poupança da Caixa econômica, que não me cobra nada de taxas e ainda faz render (miseravelmente, é claro, mas pelo menos não está tirando da conta) o $$.
Beijo querido, e mais uma vez obrigada pela visita e carinho lá no blog.
=****
Ri tudo aqui, Alta. Vc é uma comédia.
Quando me ligam oferecendo cartão de crédito, sabe o que eu digo? (sério)
"Obrigada. Eu não preciso. Eu tenho um cartão de débito, pago tudo à vista. Tenho muito dinheiro, não preciso parcelar nada."
Tirando a parte do "tenho muito dinheiro", o resto é verdade!
Cartão de crédito me faz TANTA falta que perdi o meu na viagem em julho, cancelei, óbvio, e ainda não pedi outro! na boa, só tenho mesmo pq facilita as compras na internet.
O triste é que dificilmente irei arrancar deles uns 10 mil de indenização por danos morais, hehehehe
beijos!
Miss e Maria: Sinto que, se tratando de finanças, vocês são duas garotas muito espertas! Parabéns! Beijos!
;) Oi Alta, obrigada pela visitinha lá... espero que goste mesmo da novidade que vem por aí. ;)
E sobre a minha 'produtividade', depende do dia... tem dia que não sai uma linha... mas a verdade é que eu estou VICIADA nesse negócio de blog. Tenho que me cuidar, pra não começar a atrapalhar o trabalho, pq tenho um home office, logo não tenho patrão pra me fazer parar, mas tenho um monte de trabalho com prazo pra entregar, então... :/
=**** bom fds
Olá, Alta. Obrigada por me fazer ficar mais à vontade com a 'chutada de balde' lá no blog. E obrigada pela solidariedade.
Desculpa a demora em vir aqui, tá?
Um beijão e uma ótima semana.
Nossa, Alta! Você tem toda a razão!
É por isso que eu nem tenho cartão de crédito. Ou eu posso pagar à vista, ou não posso comprar. Prefiro juntar o dinheiro pra comprar... E sempre ter uma reservinha para emergências... Ninguém merece essa exploração capitalista! As pessoas não consomem o que têm necessidade... elas apenas inventam necessidades para consumir.
Eu to numa promoção ótima da minha operadora de celular.. coloco 18 reais de crédito e "ganho" 350 reais pra falar com outro celular da mesma operadora, ou números fixos... e ainda mais 60 torpedos... Tava até contente, principalmente porque o celular do meu namorado é da mesma operadora... será que tem maracutaia aí? Por enquanto está sendo válido.. rs
Alta, muitos beijos pra você, ótima semana!!
Eu sou suspeitíssimo pra falar. Desde que me entendo por gente me dou mal com os Sifu Cards. Joguei uma relação no lixo por conta deles. Bom, não foram os culpados diretos, mas indiretamente, sem dúvida. =/
Também recomendo o Antes de Partir. Filmaço. E Wall-E, aluguei por conselho de um amigo, mas só meu filho viu com a avó, Locarei novamente.
E sobre o livro A Sombra do Vento, fiquei até sem jeito. Eu o dei de presente à minha prima ano passado.
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