Considerei execrável a maneira como o São Paulo F.C. demitiu o vitorioso técnico Muricy Ramalho, após este ter dado três títulos brasileiros consecutivos ao clube.
Sou são-paulino, mas não sou fanático, como tantos que andam por aí. O que me leva a escrever sobre Muricy é a autenticidade desse competente técnico. Achei a falta de gratidão e respeito do clube muito grande para com esse excelente profissional, que está muito acima da média dos treinadores disponíveis no mercado.
Num meio em que os técnicos e dirigentes vivem falando bobagens e atropelando a ética a todo instante, Muricy Ramalho é uma das poucas ilhas de seriedade e retidão de caráter. Existem outros profissionais sérios por aí, mas, convenhamos, Muricy, na atualidade, é imbatível, uma vez que alia competência técnica, ética e muito conhecimento acumulado dos meandros do futebol e da formação de novos jogadores. Basta dizer que é discípulo de Telê Santana, outro mito entre os técnicos de futebol.
Se o São Paulo já vinha mal das pernas com ele, o que poderemos esperar agora? Basta um mínimo de bom senso para percebermos que o problema atual do clube está no elenco de jogadores, não no treinador. Há no São Paulo, nesta época do ano, como em todos os clubes brasileiros de ponta, vários jogadores muito mais preocupados com a abertura da janela de transferências para o futebol europeu que se aproxima, do que em desempenhar seu melhor futebol no clube atual.
Mas, na nossa cultura imediatista, sempre é mais fácil mexer com uma peça só do que com várias delas. E lá se vai o grande Muricy, como se fosse um outro técnico qualquer, sem receber a menor consideração e muito menos um voto de confiança do clube, uma vez que tem, ou deveria ter, bastante crédito para isso.
Mas não é só como técnico competente que admiro Muricy Ramalho, mas também, e principalmente, pela forma autêntica e honesta com que exerce a sua profissão. Com Muricy não tem meias palavras, é tudo preto no branco. Ele também não gosta de puxa-saquismo oportunista, de tapinhas nas costas, ou seja, dessas frescuras e falsidades tão em voga hoje em dia.
Nesse mar de mesmice e padronização atual, no qual o mundo do futebol é um dos mais imbecilizantes que existem, Muricy Ramalho é um sopro de dignidade, altruísmo e profissionalismo. Desejo muito boa sorte para o nobre Muricy, vá ele para onde for, e tenho certeza de que o clube que o acolher estará em muito boas mãos, e na direção certa para obter títulos e conquistas. Só o São Paulo não viu isso. Ao clube, desejo a sorte que o destino lhe reservar. Que seja o que tiver de ser.
Sou são-paulino, mas não sou fanático, como tantos que andam por aí. O que me leva a escrever sobre Muricy é a autenticidade desse competente técnico. Achei a falta de gratidão e respeito do clube muito grande para com esse excelente profissional, que está muito acima da média dos treinadores disponíveis no mercado.
Num meio em que os técnicos e dirigentes vivem falando bobagens e atropelando a ética a todo instante, Muricy Ramalho é uma das poucas ilhas de seriedade e retidão de caráter. Existem outros profissionais sérios por aí, mas, convenhamos, Muricy, na atualidade, é imbatível, uma vez que alia competência técnica, ética e muito conhecimento acumulado dos meandros do futebol e da formação de novos jogadores. Basta dizer que é discípulo de Telê Santana, outro mito entre os técnicos de futebol.
Se o São Paulo já vinha mal das pernas com ele, o que poderemos esperar agora? Basta um mínimo de bom senso para percebermos que o problema atual do clube está no elenco de jogadores, não no treinador. Há no São Paulo, nesta época do ano, como em todos os clubes brasileiros de ponta, vários jogadores muito mais preocupados com a abertura da janela de transferências para o futebol europeu que se aproxima, do que em desempenhar seu melhor futebol no clube atual.
Mas, na nossa cultura imediatista, sempre é mais fácil mexer com uma peça só do que com várias delas. E lá se vai o grande Muricy, como se fosse um outro técnico qualquer, sem receber a menor consideração e muito menos um voto de confiança do clube, uma vez que tem, ou deveria ter, bastante crédito para isso.
Mas não é só como técnico competente que admiro Muricy Ramalho, mas também, e principalmente, pela forma autêntica e honesta com que exerce a sua profissão. Com Muricy não tem meias palavras, é tudo preto no branco. Ele também não gosta de puxa-saquismo oportunista, de tapinhas nas costas, ou seja, dessas frescuras e falsidades tão em voga hoje em dia.
Nesse mar de mesmice e padronização atual, no qual o mundo do futebol é um dos mais imbecilizantes que existem, Muricy Ramalho é um sopro de dignidade, altruísmo e profissionalismo. Desejo muito boa sorte para o nobre Muricy, vá ele para onde for, e tenho certeza de que o clube que o acolher estará em muito boas mãos, e na direção certa para obter títulos e conquistas. Só o São Paulo não viu isso. Ao clube, desejo a sorte que o destino lhe reservar. Que seja o que tiver de ser.
PS: Nas fotos, a linha do tempo invertida, com Muricy em três momentos no São Paulo. Muitos serviços prestados ao clube.
7 comentários:
xiiiii... de futebol eu n entendo nada... já gostei muito de futebol, hj em dia não passo mais horas na frente da TV assistindo jogo nao...
bjs
"xiiiii... de futebol eu n entendo nada..." (2). Rs
Passei pra deixar um beijo bem grande. =)
ℓυηα
Alta,
Bacana sua homenagem! E muito válida! Gosto do Muricy como técnico e admiro o trabalho dele.
Sempre acreditei que o São Paulo F.C. era um dos poucos times brasileiros a pensar no longo prazo e por isso, na minha opinião, vinha se consolidando e crescendo de forma bem estruturada. A demissão do Muricy foi diferente - acho que agiram por impulso e cederam diante da pressão.
Mas o Muricy logo, logo estará novamente no topo!
Beijos
Ai ai... eu amo futebol (o jogo em si) e sou São Paulina, mas esses dirigentes andam fazendo muita caca... até parei de acompanhar, me enchi....
Gosto muito mais de assistir um joguinho de várzea de amigos, ou melhor ainda, jogar com eles! Adoooro!
Beijooss Alta!
Meninas: Na verdade, eu quis muito mais valorizar um profissional correto e honesto do que falar sobre o futebol. Que aliás, do jeito que está mercantilizado, já está enchendo o saco. Valorizo o Muricy por ser ele mesmo num meio tão padronizado, em que todos sempre tem as mesmas respostas para as mesmas perguntas. Muricy, além de competente no que faz, tenta, ao seu modo, subverter essa ordem. Beijos para todas!
é que tanto no mundo futebolístico quanto na vida além-gramado a gente tem que ser super-homem. Talvez porque as pessoas, frustradas com a sua própria falibilidade, esperem umas das outras essa coisa fascinante e improvável que é a perfeição - e, se você é uma pessoa pública, a partir do instante em que for revelada a sua veia humanóide, pode ter certeza: sua cabeça rolará. É feio, é. Mas é o mundo em que a gente vive. Portanto, fica frio, Muricy - se nem Jesus agradou a todo mundo, não dá pra esperar muita sapiência da galera que se decidiu por Barrabás.
Beijo, Alta!
Flavinha: Obrigado por essa lufada de bom senso aqui no pedaço! Beijão!
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