Tem faltado muita simplicidade no mundo de hoje. Com a nossa atual realidade super, ultra, mega, hiper tecnológica, mercantilizada e conectada em tempo real, não tem sobrado espaço para as coisas simples e pueris da vida.
Para tudo que formos fazer na vida, já existem modelos e fórmulas pré-concebidas de como teremos de nos comportar e quais scripts teremos de seguir.
A propaganda – e essa é a função dela – têm cada vez mais roteirizado a vida de todos nós, cidadãos comuns, bombardeados que somos, diuturnamente, pelas campanhas publicitárias e pelas estratégias e jogadas de marketing, que já parecem estar onipresentes em todos os campos e áreas da era moderna.
E para as pessoas dotadas de baixo ou nenhum senso crítico, o bombardeio do marketing pode ser fatal para a capacidade de raciocínio e discernimento.
Há jovens (e muitos maduros também) que começam a se comportar como se a vida atual, ultraconectada e on-line, fosse um eterno reality show.
Pessoas dotadas de precária instrução, mas de muita informação, simplesmente não sabem o que fazer com a última. Querem ser, ou acham que são, instants celebrities, ou seja, pessoas que são populares gratuitamente, sem a necessidade de serem notórias em alguma área do conhecimento humano.
E quando falo em baixa instrução e cultura, não me refiro especificamente às camadas pobres da nossa população, que realmente têm muitas dificuldades de acesso à educação em nosso injusto país. Falo sim, e principalmente, dos jovens ricos e de classe média, que têm se comportado de maneira cada vez mais estúpida e violenta, não dando nenhuma importância às leis ou ao respeito pelo próximo e à vida em sociedade.
Reputo toda essa ignorância, agressividade e pasteurização das pessoas à baixíssima importância que a sociedade moderna tem dado à formação do caráter das nossas crianças e jovens, aliada à altíssima importância que tem sido dada ao consumo desenfreado, desregrado e imposto maciçamente aos nossos pretensos cidadãos.
Mais do que nunca, hoje o que importa é ter, e não ser. Não se pensa mais na essência humana. Apenas na aparência humana. O importante é aparecer sempre bem na foto e parecer ser alguém de bem (ou de bens). Ninguém precisa ser alguma coisa, basta parecer que é alguma coisa. Vivemos a idade da imagem e, nada além dela, parece ter alguma importância. Ande assim. Compre isso. Vista aquilo. Dirija o carro X, que você ficará mais interessante. Adquira a mais nova versão do produto Y. Você não pode ficar de fora dessa jogada. São bordões e slogans repetido como mantras sagrados pela publicidade. E que têm tornado nossa vidas cada vez mais complexas e cheias de necessidades criadas, que logo passam a ser tidas como imprescindíveis.
Divulgam tudo. Promovem tudo. Mercantilizam todo tipo de relações e sentimentos. A única coisa que não vejo ser valorizada é a simplicidade no dia-a-dia das relações humanas. Tudo está ficando complexo demais, chato demais, mecânico demais. Excesso de serviços e produtos dos quais não precisamos. Excesso de profissionais dos quais não precisamos. É a onda dos “personal” pra tudo. Pra se vestir. Pra praticar esportes. Pra se alimentar. E haja gente ganhando dinheiro no mole, com consultorias bestas que não nos ajudam em nada, e das quais ninguém precisa. Apenas maneiras de tornar a vida cada vez mais profissional e roteirizada. Precisamos resgatar a simplicidade, a verdadeira vida simples. Mas do jeito que as coisas vão, está ficando cada vez mais complexo ser simples.
Para tudo que formos fazer na vida, já existem modelos e fórmulas pré-concebidas de como teremos de nos comportar e quais scripts teremos de seguir.
A propaganda – e essa é a função dela – têm cada vez mais roteirizado a vida de todos nós, cidadãos comuns, bombardeados que somos, diuturnamente, pelas campanhas publicitárias e pelas estratégias e jogadas de marketing, que já parecem estar onipresentes em todos os campos e áreas da era moderna.
E para as pessoas dotadas de baixo ou nenhum senso crítico, o bombardeio do marketing pode ser fatal para a capacidade de raciocínio e discernimento.
Há jovens (e muitos maduros também) que começam a se comportar como se a vida atual, ultraconectada e on-line, fosse um eterno reality show.
Pessoas dotadas de precária instrução, mas de muita informação, simplesmente não sabem o que fazer com a última. Querem ser, ou acham que são, instants celebrities, ou seja, pessoas que são populares gratuitamente, sem a necessidade de serem notórias em alguma área do conhecimento humano.
E quando falo em baixa instrução e cultura, não me refiro especificamente às camadas pobres da nossa população, que realmente têm muitas dificuldades de acesso à educação em nosso injusto país. Falo sim, e principalmente, dos jovens ricos e de classe média, que têm se comportado de maneira cada vez mais estúpida e violenta, não dando nenhuma importância às leis ou ao respeito pelo próximo e à vida em sociedade.
Reputo toda essa ignorância, agressividade e pasteurização das pessoas à baixíssima importância que a sociedade moderna tem dado à formação do caráter das nossas crianças e jovens, aliada à altíssima importância que tem sido dada ao consumo desenfreado, desregrado e imposto maciçamente aos nossos pretensos cidadãos.
Mais do que nunca, hoje o que importa é ter, e não ser. Não se pensa mais na essência humana. Apenas na aparência humana. O importante é aparecer sempre bem na foto e parecer ser alguém de bem (ou de bens). Ninguém precisa ser alguma coisa, basta parecer que é alguma coisa. Vivemos a idade da imagem e, nada além dela, parece ter alguma importância. Ande assim. Compre isso. Vista aquilo. Dirija o carro X, que você ficará mais interessante. Adquira a mais nova versão do produto Y. Você não pode ficar de fora dessa jogada. São bordões e slogans repetido como mantras sagrados pela publicidade. E que têm tornado nossa vidas cada vez mais complexas e cheias de necessidades criadas, que logo passam a ser tidas como imprescindíveis.
Divulgam tudo. Promovem tudo. Mercantilizam todo tipo de relações e sentimentos. A única coisa que não vejo ser valorizada é a simplicidade no dia-a-dia das relações humanas. Tudo está ficando complexo demais, chato demais, mecânico demais. Excesso de serviços e produtos dos quais não precisamos. Excesso de profissionais dos quais não precisamos. É a onda dos “personal” pra tudo. Pra se vestir. Pra praticar esportes. Pra se alimentar. E haja gente ganhando dinheiro no mole, com consultorias bestas que não nos ajudam em nada, e das quais ninguém precisa. Apenas maneiras de tornar a vida cada vez mais profissional e roteirizada. Precisamos resgatar a simplicidade, a verdadeira vida simples. Mas do jeito que as coisas vão, está ficando cada vez mais complexo ser simples.
7 comentários:
Se vc conseguir simplificar a vida passa a receita, compartilhe, por favor rsrrsrrs.
Um texto da vida real, retratada de um forma geniosa e esplêndida, tenho orgulho de ter vc no meu hall de amigos. :D
Bjinhos únicos dear
"Há jovens (e muitos maduros também) que começam a se comportar como se a vida atual, ultraconectada e on-line, fosse um eterno reality show."
Simplesmente CLAP, CLAP, CLAP!!!
U&E: Acho que o nosso grande desafio, no mundo atual, seria o de simplificar e simplesmente viver mais a vida! Beijo!
Ragas: Valeu a visita. Eu é que bato palmas para os seus textos! Abraço!
É, meu querido Alta... o verdadeiro marketeiro não é aquele que atende às necessidades dos consumidores, é aquele que INVENTA necessidades para os consumidores acharem que as têm...
Eu tenho uma irmã adolescente, de 15 anos.. e pro meu desgosto ela é exatamente esse perfil dos jovens atuais que seguem as tendências que a mídia dita. Não adianta eu falar, não adianta meus pais falarem... ela recebe a influência dos amigos da mesma idade e a mesma idéia imbecil, de que bonito é ser ridículo, é não ter opinião própria, é querer parecer algo que não é... O que eu vou fazer com ela? Matar? Eu tento dar exemplo, mas se ela não segue... mas eu juro, que tenho medo dessas pessoas... imagina como o mundo vai ficar daqui pra frente? Está mesmo cada vez mais complexo ser simples.
Entretanto, eu sigo de cabeça erguida com minha simplicidade. Para muitos, eu sou anti-social. Para muitos outros, sou estranha. E para outros muitos ainda, eu sou do contra. Para poucos, bem poucos (e os mais valiosos para mim) eu sou simplesmente eu. E é por isso que eu sinto tanta dificuldade de me encaixar num grupo. Pensando bem... pouco me importa... hahahha!!
AH, o seu texto me fez lembrar de um texto do Carlos Drummond de Andrade: Eu, Etiqueta.
Confira aqui: http://www.pensador.info/frase/MjAyODM0/
Beijos meu querido inteligentíssimo!! =D
Adoro os seus textos!!
Obs: desculpa, eu escrevo muito... só depois que mandei o comentário foi que percebi que ele ficou enorme! Hahahahaha!
Cara Sweet: Tudo o quanto vc escrever neste espaço será sempre muito bem-vindo. Quem dera se todas as pessoas se expressassem da maneira fácil e direta como você faz. Isso sim tornaria a vida mais simples e descomplicada para todos nós. Grande beijo!
PS: Inteligentíssima é vc, que é muito mais jovem do que eu e já tem todo esse discernimento sobre a vida!
Excelente.
Enquanto lia pensei assim:"por isso que não quero me formar em propaganda..".
Isso me faz pensar, não quero participar e ajudar nesta porcaria toda, contribuir pra isso.Por isso não vou fazer propaganda.Rs*
E mais uma coisa, vejo aqui um encontro de pessoas na mesma barca, vistos como estranhos, do contra...querida Sweet Toxicant, também me sinto assim!
Beijinhos querido!
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